Vereador pede doação de bois apreendidos
Vereador pede doação de bois apreendidos
O vereador Sidnei Jardim protocolou um requerimento na Câmara de Campo Mourão solicitando ao juiz de Direito da 2ª Vara Criminal, Fabrício Voltaré e ao delegado da 16ª Subdivisão policial, Nilson Rodrigues da Silva, a doação de 19 bois. O pedido foi aprovado em plenário na noite desta terça-feira (25), durante a sessão ordinária.
Os animais foram apreendidos no último dia 11 de junho, pela Polícia Civil, em um caminhão boiadeiro, com placas de Santa Salete (interior de São Paulo), que transportava 236 quilos de maconha, escondidos em um fundo falso na carroceria de um caminhão boiadeiro, parado pela polícia, no trevo de acesso a BR-369. O motorista contou que os bois seriam levados para São Paulo e desconhecia a droga no interior da carroceria. Os 236 quilos de droga foram encaminhados para delegacia e os animais para uma propriedade rural.
Segundo o vereador, a doação dos animais seria para entidades assistenciais que enfrentam dificuldades financeiras. “É notório saber que as entidades assistenciais do município estão passando por diversas dificuldades financeiras, assim como é o caso do Lar Miriã, que de acordo com o presidente Silvio dos Santos Paes, que recentemente esteve na Câmara e relatou que estão recebendo cada vez mais crianças, houve redução dos recursos repassados e aumento de atendimentos e despesas”, comentou Jardim.
Conforme ele, por conta dos relatos das entidades, fez o pedido de doação dos animais. “Ante ao exposto, solicitamos esforços por parte das autoridades supra mencionadas no intuito de ajudar a manter as entidades do município que necessitam urgentemente de doações, esse gado ajudaria e muito as crianças carentes que vivem abrigadas nessas entidades”.
Na última sessão da segunda-feira (24), a presidente do Lar Dom Bosco, Lidiane Maria Stefanello Bernardi, utilizou a Tribuna Livre da Câmara de Campo Mourão, e por cerca de 15 minutos, além de apresentar uma trajetória da entidade assistencial, pediu apoio aos vereadores para enfrentar a grave crise financeira pela qual passa a entidade, fundada em 1991, pela igreja católica, e atualmente administrada pela Congregação das Irmãs da Copiosa Redenção.
A falta de recursos começa a atingir áreas importantes da comunidade terapêutica, que oferece um programa interno de recuperação de dependência química, voltado a adolescentes e adultos do sexo feminino. A entidade sobrevive com os repasses do município e busca complementação através de bazares, doações de paróquias e da própria comunidade.
“O investimento no tratamento dos dependentes químicos é alto e os repasses têm sido reduzidos a cada mês. O público atendido necessita de assistência permanente”, lembra a presidente do Lar Dom Bosco, Lidiane Maria Stefanello Bernardi.
O tratamento completo dura de nove meses a um ano, voltado a reinserir a dependente química ao convívio social. “Essa reinserção também é acompanhada por nós e temos conseguido resultados muito importantes”, lembrou Lidiane.
Além do trabalho espiritual, o Lar presta serviços de saúde, educacional e atividades para ocupar o tempo de forma saudável, inclusive com grupos terapêuticos voltados a reintegração social. “Toda ajuda da comunidade é bem vinda, especialmente nesse momento de crise que estamos passando”, comentou Bernardi.
O presidente da Câmara, vereador, Olivino Custodio, além de se solidarizar com a entidade, se comprometeu a ajudar. “Estamos indo a Brasília para entregar diversas reinvindicações, entre elas, pedido de recursos para ajudar as entidades de Campo Mourão que então passando por crises financeiras. Diante da importância social do trabalho realizado pelas entidades assistenciais em prol da comunidade de Campo Mourão, as entidades merecem todo nosso empenho na busca por recursos”, disse Custódio.
Ele lembrou que recentemente esteve em Curitiba e solicitou ao governo do estado, apoio e recursos para tentar minimizar a crise financeira das entidades. “Entregamos diversas reivindicações, entre elas, pedidos para que o governo do Paraná ajude as entidades assistenciais de Campo Mourão”.
Texto e Foto: Dirceu Portugal/Câmara Municipal