Sistema 5S pede apoio aos vereadores de Campo Mourão
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Nelson Bizoto, utilizou a Tribuna Livre durante a última sessão ordinária da Câmara de Campo Mourão, para pedir apoio aos vereadores em relação ao corte de recursos ao Sistema 5S, proposto pelo governo federal. “Conversem com os seus deputados e peçam apoio ao Sistema 5S. Esse sistema não pode sofre cortes como o governo pretende fazer”, enfatizou Bizoto.
O corte, segundo Bizoto, pode inviabilizar as ações do Sistema 5S, composto por entidades que se dedicam, entre outras atividades, ao ensino profissionalizante. Entre elas, o Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Social do Comércio (SESC), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) E Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (SENAC). “É um dinheiro muito bem investido, na capacitação de jovens para o mercado de trabalho. Não podemos admitir que o dinheiro das empresas, que seriam investidos em Educação, seja investido em outros setores”, disse o vereador, Miguel Batista Ribeiro (PRB).
A vereadora Nelita Piacentini (PR), também defendeu o sistema. “Trabalho no Sesc e conheço o sistema. Essa luta é nossa”.
A equipe do governo federal pretende reduzir o financiamento do Sistema em 50%, com isso, o setor terá de bancar parte das suas atividades e desonerar a folha de pagamentos. “O Sistema atende nossa realidade, por conta disso, vamos defender o 5S”, lembrou o vereador, professor Cicero (PT).
Com o corte, as empresas terão entre R$ 5,3 bilhões e R$ 8,8 bilhões a mais no caixa em 2019 com as reduções que o ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende fazer nas contribuições para o Sistema. Ele defende o corte mais agressivo: ‘Tem de meter a faca no Sistema S’. O interesse do governo no Sistema S se dá por conta da arrecadação, que no ano passado ficou em R$ 16,5 bilhões.
“A bancada do Paraná vai lutar para que não haja esses cortes, proposto pelo ministro Paulo Guedes”, lembrou o vereador, Jadir Pepita (PPS).
Para a equipe econômica do governo, os programas de treinamento e capacitação do Sistema S são considerados fundamentais, mas há "gorduras" que podem ser cortadas.
“Não é justa a proposta do governo e por conta disso, vamos conversar com os deputados e assinar pela manutenção do Sistema”, lembrou o vereador Sidnei Jardim (PPS).
Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) nas contas do Sistema S revelou que os salários de gerentes e diretores chegam a ser duas vezes maiores que o salário mais alto para a mesma função no mercado de trabalho.
“O Sistema tem problemas que devem ser investigados com rigor”, defendeu Bizoto.
Foto: Dirceu Portugal / Câmara Municipal