Projeto de Lei torna obrigatório a presença de intérprete de libras em eventos oficiais
O vereador Miguel Batista Ribeiro protocolou na Câmara de Campo Mourão, um projeto de Lei para tornar obrigatório, a presença de um intérprete de língua de sinais (Libras), em todos os eventos públicos oficiais do Executivo e Legislativo. O projeto 57/2020, apresentado aos demais vereadores na última sessão ordinária virtual, segue para análise das Comissões Permanentes da Câmara.
De acordo com o vereador, a iniciativa tem como foco a cidadania, garantindo mecanismos de ampliação da inclusão social de pessoas com deficiência auditiva. “Sendo que a obrigatoriedade de um intérprete de libras em todos os eventos públicos oficiais realizados pela prefeitura de Campo Mourão, é um passo importante para viabilizar a integração desse segmento da população. Todos têm direito à informação e devemos promover isso às pessoas com deficiências através da inclusão”, comentou.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que no Brasil existem perto de 28 milhões de pessoas com problemas ligados à audição. Isso representa 14% da população brasileira. Já pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que 9,8 milhões de brasileiros sofrem de deficiência auditiva. Este número representa 5,2% da população brasileira, da qual 2,6 milhões são surdos e 7,2 milhões apresentam grande dificuldade para ouvir. Estima-se também que cerca de 20% das crianças brasileiras com idade pré-escolar sofrem de alguma deficiência auditiva.
“São dados preocupantes e assustadores. Nós temos o dever de promover a inclusão e esse projeto tem esse o foco”, lembrou.
Texto e foto: Dirceu Portugal/Câmara de Campo Mourão.