Operação Alicate Afiado poderá ser realizada no quadrilátero de CM
Na próxima semana, a Copel, em parceria com a Câmara e a prefeitura de Campo Mourão, irá realizar uma reunião com as empresas que compartilham os postes com cabeamento de internet - para definir um prazo, no máximo 30 dias - para que as empresas regularizem a rede. O não cumprimento, por parte das empresas, da retirada dos fios abandonados em postes da cidade, irá gerar multas, o corte e a retirada dos cabos, pela estatal.
“As empresas que não atenderem ao pedido de regularização da rede, a primeira ação da Copel será aplicação de multa, e segunda, o corte dos cabos deixados nos postes que geram prejuízos e preocupações a população”, alertou o gerente comercial da Copel, Fernando de Depra, durante uma reunião na prefeitura, nesta quarta-feira (10).
A reunião contou com a participação de técnicos da estatal, de secretários municipais, da vice-prefeita e de vereadores. “Vamos ter de tomar uma atitude mais drástica e colocar o alicate afiado para funcionar. A situação está cada vez pior com o aumento de cerca de 70% no fornecimento de internet”, comentaram os secretários municipais.
A vice-prefeita, Fatima Nunes, defendeu uma ação mais rápida e com resultados positivos. “Não podemos mais ficar apenas debatendo, temos de tomar atitudes com resultados satisfatórios para a população”.
A proposta de ação, em um primeiro momento, será de uma limpeza nos postes do quadrilátero que abrange as Ruas São Josafat até a Rua Rocha Pombo e a Avenida Goioerê até a Rua José Custódio de Oliveira.
Audiência pública - Em maio deste ano, para tentar encontrar uma solução para um problema que coloca em risco a integridade física de pedestres, motoristas e usuários das vias públicas, os vereadores realizaram uma audiência pública com a participação de empresas de telefonia, de TV a cabo, operadoras de internet, Aneel, Anatel e a Copel. “Desde a audiência pública, além não ver nenhum resultado positivo, a situação ficou ainda pior. Está um caos, a quantidade de fios abandonados em postes em Campo Mourão”, lamentou o autor da audiência pública, vereador Marcio Berbet.
Para o gerente comercial da Copel, Fernando de Depra, as empresas de telefonia foram omissas. “As empresas de telefonia não atuaram conforme foi combinado durante a audiência pública realizada pelos vereadores da Câmara de Campo Mourão. Desde então, a Copel vem fazendo notificações de reclamações da população ou de casos relatados por vereadores. Por conta dessa ausência de ação por parte das empresas de telefonia, a Copel definiu pelo quadrilátero para uma atuação mais rígida e pesada contra as empresas de telefonia, as reais responsáveis pelos cabos”, enfatizou.
Em suas redes sociais, Berbet comentou sobre a reunião e os resultados esperados. “Hoje estive em uma reunião junto a COPEL e o poder Executivo, para tratarmos sobre as medidas que serão tomadas em Campo Mourão em relação aos fios em desordem. Em breve teremos ações realizadas pela COPEL e teremos bons resultados, assim esperamos! Continuarei fiscalizando e cobrando, e repito NÃO VOU DESISTIR”.
Os cabos e a fiação excedentes, abandonados nos postes, também já foram alvos dos vereadores Sidney Ronaldo Ribeiro (Tucano) e Escrivão Parma. Eles protocolaram na Câmara, uma indicação legislativa, solicitando a prefeitura o envio ao Legislativo de um projeto de Lei que dispõe sobre a obrigatoriedade de remoção dos cabos e fiação aérea, excedente e sem uso, instalados por concessionárias que operam ou utilizam a rede aérea dentro das divisas territoriais do município.
“O objetivo do pedido do envio do documento ao Legislativo é de responsabilizar as concessionárias prestadoras de serviços telefonia, de difusão de imagens e sons, internet, ou qualquer outro relacionado à rede aérea, para que possam remover os cabos e a fiação por elas instalados, quando em excesso e sem uso”, comentaram os vereadores Tucano e Parma.
Para o presidente da Câmara, Jadir Soares (Pepita), a fiação abandonada gera vítimas. “É um descaso com a vida dos moradores de Campo Mourão a quantidade de fios deixados sem uso, nos postes pelas empresas. Quando o morador entrega a linha telefônica, os fios não são retirados, ocasionando um emaranhado nos postes. Isso não pode continuar acontecendo. Espero resultados positivos para toda a nossa cidade”, comentou Pepita.