Especialistas, técnicos e vereadores da Câmara de CM debatem autismo
Por cerca de duas horas, vereadores, secretários, especialistas e membros da comunidade de Campo Mourão, debateram nesta sexta-feira (01), no plenário do Legislativo, políticas públicas para intervenção precoce no tratamento e desenvolvimento das crianças, com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Participaram também da audiência pública, o autor da proposta da audiência, Marcio Berbet e os parlamentares Tio Leco, Edilson Martins, Bina, Elvira Maria Schen Lima, Naiany Bolognesi Hruschka Salvadori, Claudemir Macedo de Souza (Subtenente Macedo), Paulo Pilatte e o presidente do Legislativo, Jadir Soares (Pepita).
A audiência pública foi uma proposta do vereador Marcio Berbet pela preocupação com o aumento de casos de crianças diagnosticada com (TEA), em Campo Mourão. “Uma das propostas é que seja adotada no município, o símbolo da ONU por conta de que há muitas deficiências que não são visíveis. A nossa preocupação é com as crianças, com a Educação, com a fase da adolescência e, principalmente com a fase adulta das pessoas com autismo. Como será inserida no mercado de trabalho, na prática de esportes entre outras questões que temos em relação ao autista, que necessita de uma atenção especial. Por conta de todos esses itens citados e que estamos reunidos, na tentativa de buscar soluções e também debater sobre o TEA para que aqui seja uma cidade com tratamento diferenciado em relação a criança com autismo, que amanhã será um adolescente e depois um adulto”, disse Berbet.
Ele comentou ainda sobre questões preocupantes sobre o futuro de portadores do TEA. “Qual será a oportunidade que nós e a cidade iremos proporcionar ao autista. Sabemos que o diagnóstico e tratamento precoce entre outros, podem colaborar para trazer essas crianças mais próximo de uma pessoa normal, e essas deficiências e essas necessidades serem melhoradas para poder incluir essas crianças em uma sociedade que a trate não como uma pessoa com deficiência, e sim como uma pessoa normal, igual a nós”, lembrou Berbet.
Uma das ações na explanação do secretário de Saúde, Sérgio Henrique dos Santos, durante a audiência pública, foi a da implantação do Centro Especializado no Atendimento a Pessoas com Transtornos do Espectro Autista (AMPARA), que irá oferecer atendimento multidisciplinar, individual e em grupos, treinamentos e visitas, além de orientar e capacitar familiares e cuidadores. Uma das características do Centro será de conscientizar a sociedade sobre o autismo e a importância do tratamento. “O AMPARA é um sonho que está se tornando realidade para ajudar as pessoas com transtornos do espectro autista”, disse Santos.
A secretária de Educação, Tânia Aparecida Caetano Pinto Silveira, lembrou que a preocupação com o autismo começa desde os primeiros sinais, no berçário. “Hoje não estamos mais sozinhos, há uma rede interligada para nos dar um amparo, um suporte no tratamento das questões relacionadas as pessoas com autismo”, comentou.
Um programa criado em 2018 em parceria com a APAE, para detecção e intervenção precoce quando há sinais indicativos em crianças entre 4 e 18 meses atendidas nos CMEIs. “Se for necessário fazemos encaminhamento para intervenção para trabalhar as áreas que apresentam algum tipo de dificuldade”, disse Silveira.
A audiência pública teve por objetivo debater as dificuldades que uma criança dentro do espectro autista possui, e também conversar sobre Políticas Públicas para a realização de intervenções precoce no tratamento e no desenvolvimento da criança. “Hoje estamos dando mais um passo importantíssimo debatendo as questões para ajudar pessoas com TEA. O AMPARA também faz parte das nossas conquistas no tratamento dos transtornos do espectro autista. O Legislativo estará sempre a disposição para ajudar, principalmente a APAE com seu quatro técnico e especialista no cuidado com as crianças, adolescentes e adultos do município. Gratidão é a palavra para agradecer a APAE”, comentou o presidente do Legislativo, Jadir Soares (Pepita).